
Carlos Saldanha (Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1965) é um diretor cinematográfico,produtor, animador e dublador brasileiro. Ele foi o co-diretor de A Era do Gelo (2002) eRobôs (2005), e o diretor de A Era do Gelo 2 (2006) e A Era do Gelo 3 (2009), sendo estes dois últimos longa-metragens presentes entre os filmes de maior bilheteria de todos os tempos. Saldanha cursou Mestrado em Artes e se especializou em animação digital na School of Visual Arts, em Nova Iorque. Sua última produção foi o filme Rio. (Fonte:Wikipédia)
Bem, é partindo dessa referência sobre sua última produção que eu resolvi colocar a postagem de hoje, pois esta semana eu tive o prazer, confesso, de assistir ao filme "Rio" e achei bastante divertido, com uma ideia original, e até mesmo um filme de nos deixar orgulhosos por mostrar que no Brasil também se pode fazer um filme onde não exista apenas mulheres de bunda de fora ou com subnicks de Frutas, ou até mesmo falando de presídios e policialmento, apenas levando a violência pro mundo conhecer aí fora. Mas bem, ainda assim não pude deixar de ver que o filme, sendo criação de Carlos Saldanha, um brasileiro, não foge à regra dos filmes Norte Americanos, com a mesma visão de Brasil da corrupção, da malandragem e agora dos tráficos de animais silvestres.
O diretor foi muito competente em colocar a estória de Blu, a ararinha azul no meio do carnaval do Rio de Janeiro, que é um dos cartões postais do país, e uma das cenas mais legais de se ver no filme, mas ele também levou ao mundo a mesma imagem que o filme "Turistas" havia deixado em 2006, dirigido pelo diretor John Stockwell, abordando o tema de tráfico de órgãos.
Parece que é quase impossível falar de Brasil sem ter que relacionar com um ambiente onde tudo e todos correm riscos e podem morrer ou ser sequestrados, principalmente se forem inocentes americanos. A fórmula é ótima, dá certo, mas sempre coloca-nos como os vilões e cada dia mais e mais nossa imagem diante do mundo permanece a mesma ou piora.
Enquanto os Estados Unidos divulga os lugares e as cidades mais lindas que possui, conta lindas histórias de amor, de aventura onde eles sempre são os heróis do mundo, e nós - os brasileiros- nos colocamos como os malvados e fazemos eles tornarem-se os mocinhos que sempre queremos destruir.
"Rio" é lindo, é engraçado, é um conto família que a gurizada deve adorar ver, mas é impossível como patriota não perceber que somos auto-destrutivos e nunca conseguimos ver o lado bom e maravilhoso que temos, não importa o quanto venhamos nos tornar capazes e com todas as possibilidades de mudar nossa imagem com o mundo, nas mãos. É isso, é sempre a mesma receita. Mas quem puder, assista! O filme vale mesmo a pena, só me deixou com essa visão, sempre crítica e que eu não poderia deixar passar em branco.
Valdoir Canto
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