Num sábado á noite todas as ideias se renovam, todas as novas aventuras reaparecem, novos convites são feitos e a gente pensa que tudo pode ser diferente. Ás vezes parece mesmo que vai ser entusiasmante, que vai ser empolgante, mas então bate aquela velha preguiça de querer sair, de querer ver roupas, de pensar que vai gastar, que vai rever as mesmas caras de sempre, que nada vai mudar, que nenhuma coisa mais importante vai acontecer.
Quantos de nós em muitos sábados à noite ficamos nos perguntando - "Por que eu estou aqui sozinho ouvindo músicas de dor de corno ou de cotovelo?" - pra quem nem teve jamais um amor heheh. Pois é, não há resposta que nos revele isso ou que pelo menos acalme nossos ânimos.
Mas o sábado à noite chega, e mais uma vez começamos com as melodias manhosas, com os ritmos melosos, e aquelas músicas que nos fazem lembrar de alguém.
Em alguns casos a coisa é mais crítica ainda. Uns tomam remédios anti-depressivos, dosagens cavalares para adormecer, e outros como eu, no caso, se torturam ouvindo várias músicas lindas, sozinho, pensando na vida, pensando em tudo o que já viveu.
Tem aquele grupo que chora, que ri, que relembra com fotos e se pergunta porque deixou acabar.
A resposta pra isso é simples. Porque tudo tem um começo, um meio e um fim. Nada é por acaso, e ninguém entra em nossas vidas para ficar para todo o sempre.
Se você está em um desses grupos, se considere feliz. Você amou acima de tudo, ou foi amado, o que é melhor ainda. Não importa se não deu certo, se às vezes estamos sozinhos em um sábado à noite. O que mais importa é que isso tudo se chama... viver! Parabéns... Poucos o fazem com tanto empenho e dedicação.
Valdoir Canto
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