terça-feira, agosto 10, 2010

"TOY STORY 3"



Em uma crítica sobre “Toy Story 3” para a “Folha de S. Paulo”, defendi a tese de que a série de animação da Pixar formava a melhor trilogia da história do cinema. Depois me contaram que a ideia foi atacada, quando não ridicularizada, em algumas listas de discussão de filmes. O absurdo seria apontar a trilogia de “Toy Story” como superior à de “O Poderoso Chefão”.
Sob o risco de ser alvo do escárnio alheio, eu sustento a afirmação. Por um motivo simples: os dois primeiros episódios da série de Francis Ford Coppola podem ser obras-primas, mas o terceiro é infinitamente inferior (embora críticos que respeito muito não concordem).
Já a trilogia de “Toy Story” começa de forma espetacular, melhora um pouco no segundo episódio e fica um pouco mais brilhante no desfecho. O conjunto não tem pontos fracos.
Se fosse uma disputa que levasse em conta apenas o primeiro filme e sua sequência, “O Poderoso Chefão” seria imbatível. Mas há o problema do terceiro episódio. Não é um problema que acomete apenas a trilogia de Coppola. Aflige também franquias como “Star Wars”, “De Volta para o Futuro”, “Missão Impossível”, “Matrix”, “Homem Aranha”, “X-Men”, “O Exterminador do Futuro”, “Mad Max”, “Robocop”, “Jurassic Park” e até trilogia das cores de Kieslowski.
O terceiro episódio é quase sempre o calcanhar-de-aquiles de uma trilogia. Exceções que confirmam a regra: “Indiana Jones” (o elo fraco é o segundo episódio) e “Identidade Bourne” (que começa devagar e depois engrena). E “Senhor dos Anéis”? Bom, esse tem um desempenho constante: é mais ou menos do começo ao fim. E eu tenho plena consciência de que vou apanhar por essa frase mais do que por deixar “O Poderoso Chefão” em segundo lugar.

RICARDO CALIL.


Concordo com Ricardo Calil, pelo fato de que os valores hj pouco vistos em filmes, ou questionados e dados o devido valor no mundo atual, como família, amizade, fidelidade, solidariedade e amor, são constantemente frisados e salientados nos três filmes da série. "Toy Story" é um marco na revolução dos desenhos por ter sido o primeiro longa de animação computadorizado, e seguiu a mesma fórmula, com o mesmo embalado nos filmes subsequentes. É uma mágica aventura de brinquedos que amam o seu dono e precisam dele pra se sentirem vivos, e fazem de tudo sempre pra voltar pra casa e retornar ao convívio de seu amado Andy. Quem não viu, veja...vale mesmo a pena, além de ser extremamente divertido.

Valdoir Canto

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